PIB tem crescimento de 1%
- Exame
- 26 de jun. de 2017
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no 1º trimestre deste ano em comparação ao 4º trimestre do ano de 2016 com ajuste sazonal, dado divulgado hoje (quinta-feira 01/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a primeira alta nessa medida após dois anos seguidos de quedas.
Na comparação com o 1º trimestre de 2016, o PIB do Brasil caiu 0,4%. Na soma dos quatro trimestres até o primeiro trimestre de 2017, o PIB teve queda de 2,3% em relação aos quatro trimestres anteriores.
O aumento já estava sendo esperado pelo mercado. Uma média de 25 projeções compiladas pela Bloomberg News previa o crescimento de 1%, assim como o Ibre/FGV. Já o ministro da Fazenda, de Henrique Meirelles, vinha projetando alta de com cerca de 0,7%.
O resultado confirma o discurso do presidente Michel Temer, que a economia brasileira está em um ponto de inflexão e que a mais longa e profunda recessão da história acabou e que o Brasil voltaria a crescer economicamente, porém, com a crise política que se instalou com a delação premiada de executivos da JBS, traz novas turbulências o que faz os economistas reverem suas projeções para os próximos trimestres.
O resultado foi puxado pela Agropecuária, que cresceu 13,4% e a Indústria que subiu 0,9% em relação ao trimestre anterior, porém, o setor Industrial ainda acumula queda de 1,1% na comparação anual.
Houve alta anual em áreas como Extração Mineral (+9,7%) e queda em setores como Construção (-6,3%) e Indústria de Transformação (-1%).
Todas as outras principais medidas de demanda interna continuam em queda. O consumo das famílias, por exemplo, a mais importante delas, teve queda de 0,1% no trimestre e de 1,9% em relação a 2016.
A formação bruta de capital fixo, que mede o investimento na economia, caiu 1,6% na comparação trimestral.
A taxa de investimento como proporção da economia caiu mais de um ponto percentual em um ano: foi de 16,8% no primeiro trimestre de 2016 para 15,6% no primeiro trimestre de 2017.
As exportações subiram 1,9% comparado ao ano anterior enquanto as importações subiram 9,8%, efeito de uma valorização cambial de cerca de 20% no período e também da recuperação econômica.
Na comparação internacional, o Brasil ficou em último lugar entre 39 países no ranking de crescimento anualizado divulgado pela Austin Ratings.
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