Compartilhando com o inimigo: a inovação colaborativa
- Canal Service
- 17 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Com um pouco de ajuda é possível crescer junto do seu concorrente e ainda inovar de verdade no mercado.
Inovação Aberta ou colaborativa para quem não conhece é um modelo administrativo desenvolvido nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento com o objetivo de melhorar ou descobrir produtos e serviços. Esse modelo é baseado na troca de informações e ideias entre empresas, resultando num produto ou serviço benéfico pra ambos os lados. Basicamente a inovação colaborativa é como um serviço de carona compartilhado, mas ao invés de um espaço no carro se compartilha ideias.
O conceito de open innovation foi descrito em 2003 por Henry Chesbrough e outros teóricos para explicar a tendência colaborativa das empresas. Visto que existe uma Inovação Aberta parte-se, portanto, da premissa que houve uma época onde as empresas praticavam a Inovação Fechada. Diferente do open innovation, a Inovação Fechada fica concentrada justamente nos departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento interno das empresas e a tendência é não haver compartilhamento das ideias, seja de dentro para fora ou de fora para dentro.
Como modelo a Inovação Aberta pode ser divida em três processos diferentes:
1. Processo Outside-in
Esse processo é responsável por enriquecer a base de conhecimento da empresa. Através da coleta de dados vindas de fornecedores, clientes e pesquisas externas, é possível angariar bagagem para o desenvolvimento de novos produtos e serviços.
A principal forma de atrair essas informações é por meio da abertura de canais de comunicação com clientes e fornecedores. O aumento de investimento em bases de criação de conhecimento e compras de patentes também são elementos que influenciam a eficiência de captação de know-how.
2. Processo Inside-out
No processo Inside-out ocorre um escoamento de tecnologia produzida internamente para o mercado, sendo o resultado sem muita relevância para os negócios da empresa. A partir disso o foco está em levar ideias para o mercado mais rapidamente e lucrar em cima do licenciamento da propriedade intelectual ou da transferência de tecnologia para outras organizações.
3. Processo Acoplado
Aqui as estratégias anteriores são integradas. Dessa forma as instituições cooperam entre si através de consórcios, associação entre clientes e fornecedores, alianças com outras empresas e organizações educacionais, entre outras estratégias que melhor atendam as necessidades do empreendimento.
Como estratégia administrativa a Inovação Aberta tende a ser muito mais eficaz, chegando até 60% o aumento da produtividade de pesquisas em desenvolvimento. Seu principal problema para aplicação é a confiança entre empresa. Estabelecer parcerias quando se trata de novos produtos gera certo receio em muitos empresários brasileiros devido ao medo de ter suas ideias roubadas e perder o investimento feito no projeto, todavia, como em toda pesquisa, é necessário um sério estudo antes de investir em uma ideia ou empresa.
O paradoxo da confiança na hora de empreender pode inibir o uso de estratégias como a Inovação Aberta e pode ser um problema para encontrar parcerias, porém o modelo não fica restrito apenas a outras empresas, com isso é possível ganhar parceiros em centros de ensino que podem retornar o investimento não apenas para a empresa, mas também para a sociedade.
Já havia imaginado uma parceria entre você e seu concorrente? O que você faz para inovar no mercado em que atua? Nos conte!
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